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Aumento de acidentes com veículos de cargas faz transportadoras monitorarem motoristas

roubo de carga, estatísticas,acidentes de trânsito

Aumento de acidentes com veículos de cargas faz transportadoras monitorarem motoristas

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A cada duas horas, 14 motoristas de caminhão se envolveram em um acidente nas rodovias federais que cortam Minas, em 2021. Foram 5.377 ocorrências com veículos de carga, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) – 409 a mais do que no ano anterior.

O aumento está relacionado, claro, ao crescimento da frota e ao tráfego nas estradas com a melhora da pandemia. “Mas, principalmente, à imprudência do motorista ao volante”, afirma o inspetor Arístides Júnior, assessor de comunicação da PRF.

“O excesso de velocidade é uma das principais causas de acidentes que envolvem caminhões e carretas. Normalmente são ocorrências graves com vítimas fatais e perda total do veículo e da carga”, explica.

E outra complicação, segundo ele, é o bloqueio da rodovia e os congestionamentos que trazem mais riscos de mais acidentes.

 (Reprodução / Patrus Transportes)

(Reprodução / Patrus Transportes)

De olho nos prejuízos, muitas empresas de transportes de cargas têm apostado cada vez mais em tecnologia, para monitorar o comportamento dos motoristas ao volante.

O diretor do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Minas Gerais, Ulisses Martins, afirma que os investimentos em tecnologia cresceram 50% nos últimos três anos e a tendência é aumentar. E que, atualmente, é difícil encontrar uma empresa de grande ou médio porte sem equipamentos que acompanham a rotina dos caminhoneiros na estrada.

“É uma necessidade para gerar economia em tempos difíceis. O motorista fica mais cauteloso. Normalmente, ele procura respeitar o limite de velocidade e os intervalos para descanso. Com isso, a tendência é de se envolver menos em acidentes”, explica o empresário.

A expectativa das transportadoras é que essas mudanças tragam menos prejuízos com perda de carga, danos ao veículo e custos com as seguradoras.

Ulisses Martins, que também é dono da Transportadora Martins, conta que, há seis meses, investiu R$ 100 mil na instalação de uma central de monitoramento, que funciona 24 horas por dia na empresa. O controle é feito por meio de aplicativos conectados ao celular do motorista.

“E, mesmo assim, registramos dois acidentes sem vítimas com perda da carga e dano do veículo no valor de R$ 550 mil. Isso mostra que também temos que focar em cursos para nossos colaboradores”, projeta Ulísses.

 (Reprodução / Patrus Transportes)

(Reprodução / Patrus Transportes)

Com baixo índice de roubos, a Patrus Transportes investiu, desde 2020, R$ 3 milhões em rastreadores, na atualização do parque de câmeras nos terminais internos e externos e na instalação de uma torre própria de controle, onde 40 pessoas trabalham acompanhando todos os processos de entregas das mercadorias.

O próximo passo da empresa é instalar cinco câmeras nos três mil veículos de carga para ampliar o monitoramento. “Vai ser como um ‘big brother’ na boleia. Já estamos com três veículos em fase de teste com 2  câmeras na cabine e 3 do lado de fora. Isso sem invadir a privacidade do motorista no momento de descanso”, explica  Sílvio César  Pereira – diretor de operações da Patrus Transportes.

Para o diretor da empresa, além da economia, o acompanhamento remoto do trajeto vai aumentar a segurança do motorista e da carga transportada. “Por meio da telemetria conseguimos controlar até como está sendo a troca de marcha”, esclarece.

Para o dono da Transportadora Transavante, Glastone Lobato, a telemetria é um caminho sem volta. No ano passado, a empresa não registrou nenhum acidente grave com os 140 veículos de carga. “O motorista dirige com mais responsabilidade, sabendo que está sendo vigiado. Além de reduzir os acidentes, conseguimos diminuir em 13% os custos com óleo diesel”, comemora  empresário.

Para Aristides Júnior, da PRF, o monitoramento dos veículos de carga aumenta a segurança do motorista e de todos que estão na estrada. “Seria ótimo as empresas menores também pudessem usar essa tecnologia”, conclui o inspetor.

 

Fonte: https://www.hojeemdia.com.br/

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